terça-feira, 20 de novembro de 2007

10º Festival de Cinema de Curitiba foi um marco principalmente para os animadores

Sala lotada e uma longa fila do lado de fora do Cine Luz marcaram o encerramento do 10º Festival de Cinema. Vídeo e Dcine de Curitiba, no último domingo (18). Além dos prêmios entregues às melhores produções deste ano, já foi anunciada a realização do 11º Festival em 2008 e também o 5º Encontro Nacional de Animadores, que pretende ser o grande fórum de discussão destes profissionais.

Para o próximo ano estão programadas parcerias com os núcleos de produção de cinema de Olinda e de Porto Alegre, e ainda a possibilidade de continuar o trabakho conjunto com o governo do Canadá.

De acordo com a diretora geral do Festival, Cloris Ferreira, o festival de 2007 foi um sucesso porque reuniu os profissionais mais expressivos, principalmente da área de animação. “O fato foi inédito e o resultado melhor ainda. Nomes como Carlos Badia, Luc Chamberland, Lancast Mosta, Wilson Lazaretti, Cláudio Roberto e Tadao Miaqui fizeram a diferença neste festival”, disse Cloris, referindo-se às oficinas que eles ministraram.

Durante nos primeiros quatro anos o Festival de Cinema de Curitiba cedeu espaço para que os profissionais da área de distribuição se organizassem como classe. Em seguida foi a crítica especializada. “Agora foi a vez dos animadores. Além desta, as próximas três edições do festival serão dedicadas aos profissionais da animação”, afirmou.

Segundo a diretora, a retomada da reorganização dos profissionais da área de animação movimenta de maneira expressiva a indústria de animação e produção cinematográfica no país.
Durante a semana foram apresentados 161 filmes e vídeos em 35 mostras. Paralelamente aconteceram sete oficinas, debates com diretores e o 4º Encontro nacional de Animadores.

Um fato inédito neste festival foi a exibição, durante a cerimônia de encerramento, dos vídeos produzidos nas oficinas de animação. Das sete oficinas, quatro exibiram o resultado do material pesquisado e finalizado, incluindo sonorização.

Premiações – De acordo com a crítica especializada, formada por jornalistas de Curitiba, Ãgtux, de Tânia Anaya, foi o de melhor filme deste Festival, e São Paulo nos Pertence, de Zé Roberto Pereira, o melhor vídeo. Ambos receberam o troféu Aramis Millarch.

O Troféu Ney Braga, de estímulo à produção, premiou o roteiro Carro dos Sonhos, de Francisco Alberto Skorupa, e como menção honrosa o roteiro, Um Presente do Vento, de Karina de Souza Barbosa, ambos de Curitiba.

O Prêmio Ruy Guerra, voto do público, ficou para o filme As Coisas que Moram nas Coisas, de Bel Bechara e Sandro Serpa.

Também foram premiados nesta noite os vídeos Wanderlei Silva, de Gustavo Fracasso e Ricardo Brown, na categoria de melhor edição, e Meu Guri, de Adriana Tenório e Victor Mattos, considerado o melhor vídeo do 10° Festival.
Camilo Cavalcante recebeu o Troféu Pinhão, Festival dos Festivais, pelo filme Rapsódia para um Homem Comum.

Na categoria filme, Nascente, de Helvécio Marins Júnior, ganhou como melhor ficção. Nosso Livro, de Luciana Alcaraz e Cláudia Rabelo Lopes, foi considerado o melhor filme do 10º Festival. Este trabalho ganhou ainda como melhor trilha e melhor roteiro. Por ser o melhor filme, recebeu ainda um prêmio no valor de 12 mil reais, da V.U. Estúdio, e um rolo de filme de 35 milímetros da CTAV (Centro Técnico de Audiovisual, do Ministério da Cultura).

O 10º Festival de Cinema, Vídeo e Dcine de Curitiba teve o apoio do Sesc da Esquina, V.U. Estúdio, Realiza Vídeo, Curitiba S.A., Prefeitura Municipal de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, FAP, Revista de Cinema. A colaboração do Instituto Goethe, Consulado do Canadá, National Film Board, Instituto Municipal de Turismo, CTAV, Jamute, Photo e Punto. E o patrocínio dos Correios, Ministérios das Comunicações, Governo Federal, Fundo Nacional da Cultura e Ministério da Cultura.